“Trata-se de um dos crimes mais famosos e mal investigados de todos os tempos”: afirma David Whelan em livro que revela em detalhes o assassinato de John Lennon.
O manual de jornalismo investigativo publicado pela UNESCO define assim a sua prática:’o jornalismo investigativo envolve expor ao público assuntos que são ocultados – seja deliberadamente por alguém em posição de poder, ou acidentalmente, por trás de uma massa caótica de fatos e circunstâncias que obscurecem o entendimento. Requer o uso de fontes e documentos tanto secretos quanto públicos.’
Eu diria que, em tempos de embaralhamento de notícias como os nossos, seja por incompetência ou intenção, o jornalismo investigativo, crítico e aprofundado, tende a desaparecer na espuma dos dias.
Entre os temas que ocupam o interesse dessas investigações, tradicionalmente, estão crimes graves e corrupção política e/ou corporativa. Portanto, há de se pensar que uma jornalista cultural como eu estaria longe, bem longe, desta modalidade, certo?
Errado. Já tive oportunidade de dar meus “furos”, como se diz no nosso jargão pra definir matérias exclusivas ou a divulgação de uma informação importante antes dos outros coleguinhas. Comprovamos em matéria de TV que o escritor Guimarães Rosa de fato havia morado numa casa em Belo Horizonte à rua Leopoldina no bairro Santo Antonio, pra tentar evitar que a especulação imobiliária a transformasse em mais um prédio. Passaram o rodo na casa preservando apenas a fachada. Ali, prometi a mim mesma nunca mais perder meu tempo com pautas investigativas.
Nunca cumpri a promessa.
A mais recente incursão no jornalismo investigativo é uma entrevista exclusiva com David Whelan, autor inglês que acaba de lançar um livro sobre o assassinato de John Lennon, após 3 anos de uma pesquisa detalhada sobre o crime, seus testemunhos e laudos médicos e forenses. E suas revelações são, no minimo, perturbadoras.
Um tema delicado, eu sei. E sei que muitos de vocês dirão, mesmo sem assistir, que se trata de mais uma teoria da conspiração. Neste caso, eu sugeriria que façam o que, no final das contas, sempre deveríamos fazer: tirar nossas próprias conclusões a partir dos fatos apresentados.
Não se faz jornalismo sem boas perguntas e uma dose de coragem, amizades.
Espero vocês e seus comentários.
Clique aqui para assistir à entrevista EXCLUSIVA com David Whelan, autor de “Mind Games: The Assassination of John Lennon”:
Aguardo seus comentários, amizades. E preparem-se para descobrir que muito do que achávamos que sabíamos sobre 8 de dezembro de 1980 nunca aconteceu .
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